LIDERANÇA
Neste artigo, o objetivo é aprofundar a questão do Planejamento Estratégico porque ele é uma importante ferramenta de gestão de entidades eclesiásticas. No seu ministério, Jesus já chamava a atenção dos seus discípulos para a arte de “pensar estrategicamente”, quando afirmou: “Pois qual de vós, pretendendo construir uma torre, não se assenta primeiro para calcular a despesa e verificar se tem os meios para concluí-la? Ou qual é o rei que, indo combater outro rei, não se assenta primeiro para calcular se com dez mil homens poderá enfrentar o que vem contra ele com vinte mil?” (Lc 14. 28, 31). Numa leitura atenta do Antigo Testamento, especialmente da história dos povos de Israel e de Judá, percebemos inúmeras vezes a palavra planejamento, planos ou equivalentes, o que indica a sua importância para o dia-a-dia de qualquer instituição, independentemente da sua natureza. 1) Vale a pena fazer planejamento nos dias atuais? É uma das perguntas que tenho ouvido com muita frequência de alunos da disciplina Administração Eclesiástica no Seminário Teológico de São Paulo da IPI do Brasil. Presbíteros e pastores também têm feito a mesma indagação, sob a alegação de que nosso ambiente religioso, político, econômico e social vêm sofrendo mudanças tão rápidas e tão complexas, tornando inviável qualquer planejamento, ainda mais o chamado de “estratégico”, mais completo e abrangente do que um simples plano de ação, caracterizado como uma lista de atividades ou um mero calendário anual, procedimentos muito adotados pelas lideranças das nossas comunidades eclesiásticas. Considero indagações dessa natureza mais como falta de vontade de fazer algo “diferente” ou inovador ou uma recusa deliberada de pensar nesse assunto porque a sua realização exige tempo, dedicação, estudos, exercícios, reflexões e outras ações, inclusive mudanças de atitudes que geram incertezas, insegurança, sensação de perda de descentralização e perda de poder e/ou compartilhamento de atividades nos diversos segmentos da comunidade-alvo do planejamento. Por isso, é mais fácil e cômodo manter a rotina ou copiar modelos dos concorrentes, mesmo que o crescimento desejado não esteja ocorrendo. 2) O que é o Planejamento Estratégico? A palavra estratégia vem do grego strategía e do latim strategia, e se refere “à arte militar de planejar e exercitar movimentos e operações de tropas, navios ou aviões, visando alcançar ou manter posições relativas e potenciais bélicos favoráveis a futuras ações táticas sobre determinados objetivos; arte militar de onde, como e com que travar um combate ou uma batalha; arte de aplicar os meios disponíveis com vista à consecução de objetivos específicos” (Novo Dicionário Aurélio). Numa leitura cuidadosa do Antigo Testamento, especialmente dos livros dos Reis e das Crônicas, pode-se perceber que Judá e Israel já praticavam esse tipo de planejamento no confronto com suas nações vizinhas, na disputa da ocupação de suas terras. Estudiosos modernos do Planejamento Estratégico atribuem a sua origem no mundo organizacional a partir da 2ª Guerra Mundial, com o objetivo de um melhor controle do fluxo das receitas e despesas. Na metade dos anos 50, essa ferramenta ganhou aplicação mais efetiva nas organizações, para a harmonização dos vários segmentos – produção, finanças, marketing etc. A partir da década de 70, o Planejamento Estratégico popularizou-se, desdobrando-se em vários métodos de análise e avaliação das organizações, muitos dos quais ainda são válidos e aplicados em nossos dias. O passo importante que se seguiu foi a evolução do planejamento estratégico para a gestão estratégica que equivale a um conjunto de instrumentos e indicadores de monitoramento, acompanhamento e revisão do planejamento elaborado. De forma prática e objetiva, podemos afirmar que o Planejamento Estratégico é uma ferramenta que ajuda a desenhar o futuro de uma instituição e a estabelecer os caminhos para que ele aconteça. E, para tanto, é preciso que sejam, inicialmente, respondidas com sinceridade, as seguintes perguntas: 1ª) Onde estamos? O que somos? Uma questão que nos indica a necessidade de fazer um bom diagnóstico ou uma análise realista do nosso estado atual, assunto ao qual voltaremos mais adiante. 2ª) Onde queremos chegar? Como e o que desejamos ser? A resposta nos leva a definir um conjunto de princípios a serem seguidos na execução do planejamento, além do estabelecimento de uma visão de futuro e uma missão clara a cumprir, temas que também abordaremos mais aprofundadamente em outra oportunidade. 3ª) O que é preciso fazer para chegar lá? A resposta implica a elaboração de um detalhado plano de ação, com a definição de objetivos e metas e a definição do que precisa ser feito, como, por quem, com que, quando, até quando, etc. As respostas precisas a estes questionamentos levam-nos a uma série de conclusões práticas sobre a importância dessa ferramenta que, quando utilizada com sabedoria, contribuirá para o crescimento contínuo e sustentado das nossas entidades eclesiásticas. E, para aguçar ainda mais a reflexão sobre esse tema, seguem três importantes pensamentos a respeito do futuro, objeto do Planejamento Estratégico: a) O futuro não foi feito para ser previsto, mas para ser inventado e construído; b) A única coisa que não podemos mudar é o passado; no presente e no futuro, podemos dar um jeito; c) O presente é só o que importa, mas o passado não pode ser esquecido e o futuro deve ser construído. Adapitado por: Pastor Edivaldo Pereira |
Esse Blog tem como objetivo, tratar e defender a igreja de Cristo, bem como contestar todo e qualquer coisa que venha ferir a Sã doutrina Cristã. LEMBRE-SE QUE CRER É TAMBÉM PENSAR.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
LIDERANÇA
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