IGREJA E DENOMINAÇÃO PORQUE TANTA DIFERENÇA

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A MENTIRA TEM PERNA CURTA

AS (MUITAS) PERNAS CURTAS DA MENTIRA

Aquela cena corriqueira do comercial de cerveja na televisão que mostra um grupo de pessoas sorridentes em volta de uma garrafa, é a mais pura expressão da mentira. Mentira porque ninguém pode ser feliz bebendo. Mas ao colocar pessoas sorridentes e aparentemente felizes ao ingerir álcool, quer se fazer pensar que é possível alcançar o que eles têm ali naquele instante. Uma pessoa ouve, lê e vê mais de duzentas mentiras por dia – uma a cada cinco minutos. Excluindo-se ai os períodos eleitorais.

É comum ouvirmos no convívio de outras pessoas – cristãos inclusive – que uma mentirinha, aqui ou ali não faz mal nenhum, ou ainda àqueles que afirmam proferir somente as “mentiras brancas” – não há mentiras brancas, nem pretas ou muito menos coloridas, nem “mentirinha”, o que há sim, é mentira deslavada. Dizem a outra pessoa que “o corte de cabelo ficou ótimo”, quando na realidade detestaram, ou ainda que o trânsito estava um “horror” quando perdem a hora. A mentira traz prejuízo material ou moral e se multiplica de forma assustadoramente geométrica.

Nas eleições presidenciais americanas de 1960, John Kennedy tinha como adversário Richard Nixon - notório mentiroso. Afirmar que Nixon era mentiroso poderia parecer ofensivo e desrespeitoso para com ele e com o povo americano. O que fizeram então os publicitários? Espalharam por todo os EUA cartazes com a célebre frase - Você compraria um carro usado deste homem? E abaixo da foto de Nixon a frase “Nixon is a tramp” - literalmente algo como trapaceiro, vagabundo, vigarista.

Kennedy ganhou a eleição. Nixon seria eleito presidente dos EUA em 1968 e reeleito em 1972, e tornou-se o primeiro mandatário americano a ter de renunciar para não ser cassado por causa da mentira.

Políticos e atores se equivalem na capacidade de mentir, e o fazem por necessidade profissional. A mentira política nasceu como irmã gêmea da democracia na Grécia antiga. Em outras situações, a mentira diminui e macula a alma. Mas ela é permitida quando é proferida no interesse do Estado, escreveu o filósofo grego Platão, que viveu no século IV AC.

Joseph Goebels, o mentor da propaganda nazista na Segunda Guerra Mundial, afirmava que “mentiras repetidas tantas quantas vezes necessárias, tomariam ares de verdade”. E governantes tem mentido ao longo da história da humanidade sem o menor pudor. Foi assim com o governo dos Estados Unidos, nos anos 60, de envolver-se militarmente cada vez mais no Vietnã, mesmo sabendo que a guerra não poderia ser vencida. Naquela ocasião e nos trinta anos seguintes, falou-se a mentira oficial de que os relatórios diziam que os inimigos comunistas estavam prestes a serem esmagados. São mentiras usadas para esconder ações bárbaras.

Mas o que fazer quando a mentira está dentro de casa, da igreja, da instituição que freqüentamos? Cientistas dizem que todos mentem, é só ver a afirmação no começo desta matéria de que ouvimos uma mentira a cada cinco minutos do nosso dia, e veja que passamos pelo menos oito horas diárias dormindo. E por que aceitamos a mentira? Na imensa maioria das vezes não temos como aferir se aquilo que estamos ouvindo é verdade e somos obrigados a aceitar a palavra do outro como verdadeira. Um mentiroso é, às vezes, difícil de ser desmascarado, principalmente se ele teve o tempo adequado para preparar a mentira.

Um aluno que mente sobre a nota baixa tirada na última prova, primeiro para não ser repreendido pelos pais, e depois para se vangloriar diante dos colegas. Ainda aquele outro que na hora da prova cola descaradamente com o objetivo de tirar uma nota melhor do que tiraria normalmente. Outros mentem como mecanismo de defesa – se contarem a verdade – pensam eles, serão tidos por fracos e indecisos. Da mulher que mente escondendo a idade, ao homem que precisa de reconhecimento por algo que não fez diante de todos.

Muitas vezes a mentira prejudica ao próprio mentiroso, que mente por tantas razões que nem sabe ao certo cada uma delas.

Não se acanhe e, nem se envergonhe de dizer não a um mentiroso. Lembre-se, se você não o desmascarar ele vai mentir de novo… pois esta é a vida dele.

Um mentiroso contumaz, precisa estar sempre lembrando o que foi que mentiu ontem, para não entrar em contradição hoje, o que denota que a mentira tem pernas curtas. Curtíssimas.

Extraido do site http://www.evangelica.com.br/

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