IGREJA E DENOMINAÇÃO PORQUE TANTA DIFERENÇA

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O ARREBATAMENTO DA IGREJA


O ARREBATAMENTO DA IGREJA


Vaticínios da vinda de Jesus
         Para ressaltar a importância da segunda vinda de Cristo, o Novo Testamento faz mais de 300 menções. Capítulos inteiros como Mateus 24 e Marcos 13 são dedicados ao assunto. O apostolo Paulo refere-se a questão umas cinquenta vezes, dedicando Epistolas inteiras como 1 e 2 Tessalonicenses. No entanto, vale ressaltar que enquanto algumas destas citações referem-se ao arrebatamento da Igreja (primeira fase 1 Ts 4.16,17), outras referenciam a manifestação de Cristo em glória (segunda fase At 1.10,11).
 
Distinção entre arrebatamento e a manifestação em glória 
Arrebatamento- 1ª faze
Manifestação em glória - 2ª faze
O mundo não será testemunha ocular Mt 24:36 -43                            
Todo olho o verá
 Ap. 1:7; Jd 14
O encontro será nas nuvens
 I Ts 4:16,17
O encontro será no monte das oliveiras Zc 14:4.5
Os santos serão arrebatados
1 Ts 4:16,17,18            
Os santos desceram com o Senhor
Jd 14, Zc 14: 5
Haverá alegria I Jo 3:2                                    
Haverá profunda lamentação
 Mt 24:30
Os incrédulos serão deixados mt 25           
Os incrédulos serão destruídos
 Mt 25:41-46
 
         Conforme exposto acima, na primeira fase Jesus virá para a Igreja, de forma secreta. O mundo não o verá, pois, somente aqueles que são lavados no sangue do Cordeiro, anelam este tão maravilhoso momento de encontrar o amante da nossa alma. Nesta ocasião, Israel será deixado, está no plano de Deus passá-lo pela Grande Tribulação, a angustia de Jacó (Jr 30. 5-9). 
 
         A segunda fase, no entanto, se dará no final da grande tribulação, e conforme o quadro supracitado, Jesus, acompanhado de seus exércitos e da Igreja, virá sobre o Monte das Oliveiras para livrar Israel das mãos do Anticristo. Julgar as nações e estabelecer seu reino por mil anos.
 
Desenvolvendo o argumento
 
         Paulo não se preocupa em grafar a palavra ‘arrebatamento’ nas passagens que descrevem o arrebatamento da Igreja. Porém, a idéia do termo esta implícita no contexto de 1 Tessalonicenses 4:17, que diz: “... seremos arrebatados”.
         A presente expressão traz em si a seguinte sequência: “tirar”, “arrancar”, “levar”, “afastar”, tirar por força ou por violência”, “impelir”, “suprimir”, “elidir”. Essas expressões apontam a idéia de translado de uma coisa de um lado para outro, ou de uma dimensão inferior para outra superior.
 
         O Novo Testamento emprega cinco termos técnicos na língua grega para descrever a manifestação futurística de Cristo em suas duas fases:
 
·        Optomai (aparecer) Hb 9:28
·        Ercomai (vir) Jo 14:3
·        Eppanos (aparição) 1 Tm 6:14
·        Apokalypsis (revelação) 1 Co 1:7
·        Parousia (presença ou vinda) 2 Ts 2:8
 
O dia não está revelado
 
         Jesus deixou claro que este dia pertence somente ao Pai saber (Mt 24:36). Porém, muitos falsos profetas caíram em descrédito por predizer a data da vinda de Cristo. Veja alguns exemplos:
 
Montano
 
         Anunciou no segundo século depois de Cristo, que a Nova Jerusalém estava prestes a descer do Céu sobre a Ásia menor. Causando grande sofrimento aos que lhe deram crédito, pois muitos abandoaram propriedades e famílias para aguardar tal acontecimento.
 
Guilherme Miller
 
         Fundado do Adventismo, anunciou que a vinda de Jesus se daria em 21 de março de 1843, falhando na data, remarcou para o ano seguinte. Seus seguidores sentaram-se vestidos de branco sobre colinas e pátios de casas aguardando o grande acontecimento. Apesar do desapontamento, seus seguidores continuaram a marcar a volta de Jesus por diversos anos seguintes.
 
Carlo Taze Russel
 
         Fundador do movimento “Testemunhas de Jeová”, anunciou que os governos humanos acabariam em 1909, e em 1914 todas as Igreja Cristãs seriam destruídas, previu um Armagedom para 1915.
 
Emanuel Swedenborg
 
         Datou a volta de Cristo em 19 de Julho de 1770. Afirmando que nesta data o Senhor enviaria os anjos para reunir os eleitos. 
 
“E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24:11).          
 
Sinais da volta de Jesus
 
         A curiosidade quanto ao tempo dos acontecimentos escatológicos sempre esteve presente ao passar dos séculos. E conforme exemplos supracitados, ousar marcar datas nesse sentido é uma atitude herege, além do individuo entrar para o catalogo dos falsos profetas que haviam de vir.
 
          Porém, aos seus discípulos que em particular lhe pediram: “Diz-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e da consumação do século?” Disse o Senhor Jesus:
 
         “Acautelai-vos, que ninguém vos engane, porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo, e enganarão a muitos. E ouvireis de guerras e rumores de guerras; olhai não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas essas coisas são o principio das dores. Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e mata-vos ao; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome. Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão. E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos se esfriará” (Mt 24:3-12). 
   
 Analisando os sinais
 
         Sem uma cuidadosa análise os sinais preditos por Jesus não parecem ser tão especiais assim. Visto que a humanidade sempre conviveu com os rumores de guerras e com a própria guerra, fato este que segundo estimativas da ONU em 5.560 anos o homem já realizou 14.531 guerras. Quanto à fome, embora os Cientistas afirmem que a idade da fome iniciou-se em 1974, esta sempre pesteou as classes menos favorecidas. Jesus continua a listar os sinais e os faz lembrar das pestes que assolariam a humanidade, o que também, não se constitui um sinal emergente por si só, visto que em 1340 e 1350 a peste negra matou 1/3 da população da Europa. Além de terríveis outras como a Hanseníases, Tuberculose, Cólera, Aides, dengue e outras que têm devastado vidas.
 
         Antes de continuarmos o catalogo de sinais, nos perguntamos; o que Jesus de fato queria dizer com estes sinais, visto que estes em sim mesmo não determinaria o tempo do fim?
 
        
É interessante notar que enquanto a Bíblia versão Almeida, apenas sugere que estes eventos são o principio das dores, o texto original (gr.) diz que todas estas coisas são o principio das dores de parto. Note, portanto, que Jesus não disse sofrimento, mas “dores de parto”.
 
Neste sentido há a analogia de uma mulher gestante a espera do nascimento de seu filho, pois neste casso o que vai determinar que o parto se aproxima não são as dores iniciais, mas, a frequência e intensidade destas contrações. Numa gestação normal, Quando estas contrações estão frequentes e intensas, é um sinal que a criança está prestes a nascer. 
 
         Nota-se, portanto, que a simples presença destes tipos de eventos anunciados por Jesus, não constitui sinais á serem observados. Somente quando estas “contrações das dores de parto” se tornassem mais frequentes, saberíamos que um novo tempo se aproximaria para a Igreja.
 
         Diante do exposto, a nossa atenção deve está voltada não para os sinais simplesmente, Mas para a frequência com que eles se manifestam. Posto isto, vale notar que Jesus está afirmando que sua vinda será precedida por um tempo agitado de transição, no qual haverá distúrbios físicos, guerras, crises política, econômica, declínio moral e espiritual, apostasia religiosa, proliferação de falsas religiões, surgimento de falsos profetas, infidelidade e perplexidade. E quem está atento, está percebendo que estas “contrações” nunca estiveram tão frequentes e intensas. Jesus está vindo. Um novo tempo está nascendo para a igreja!
 
O que acontecerá no arrebatamento?
 
         Vejamos o que declara o apostolo Paulo sobre o assunto:
 
“Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de Arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Ts 4:16,17).
 
Cinco Coisas acontecerão no ato do arrebatamento
 
1. O alarido
 
         O Senhor Jesus declara em João 5:25-29, que os mortos ressuscitarão ao som de sua voz. E este é o tão esperado momento dos que dormem em Cristo, pois neste alarido, Cristo os convida á ressurreição, ao triunfo sobre a morte, o inferno e Satanás.
 
2. A voz do Arcanjo
 
         A bíblia faz menção á um único arcanjo, chefe dos anjos, que se chama Miguel (Dn 12:1). Certamente a voz do arcanjo será para comandar os anjos que se oporão ás hostes demoníacas instaladas nas regiões celestiais, abrindo caminho para o povo de Deus que estará sendo arrebatado. – Falcão.
 
3. A trombeta de Deus
 
         A palavra ‘trombeta’ é mencionada 81 vezes no cânon sagrado. A trombeta era muito usada para convocação militar (Js 6.16), ajuntamentos públicos (Is 27.13), e para convocar o povo para as festividades. Aqui, no entanto, o toque da trombeta nos convidará ás bodas do Cordeiro (A 19.7-9).
 
4. Os mortos em Cristo ressuscitarão
 
         O fato de que todos os mortos ressuscitarão tem amplo apoio na Bíblia. Porém, haverá uma ressurreição para os Justos e outra para os ímpios, ambas separadas por um intervalo de mil anos. Ou seja, enquanto os justos ressuscitarão na ocasião do arrebatamento (1 Ts 4.16,17), os ímpios continuarão na sepultura até o dia do juízo final (Jo 5. 28,29; Ap 20.5; Dn 12.2). A expressão ‘ressurreição dentre os mortos’ encontrada em Lucas 20. 35 e Filipenses 3.11 inclui a participação exclusiva dos justos. Posta está realidade, o presente texto se ocupará na ressurreição dos justos, “os que dormem em Cristo".
 
4. Quem ressuscitará nesta ocasião?
 
         Conforme o texto em analise (1 Ts 4,16), todos os que “morreram em Cristo”, a Igreja, que independente da causa morte destes cristãos, Deus os trará de volta a integridade física por ocasião da ressurreição. O texto não fala de recriação, mas, ressurreição. Portanto, mesmo aqueles cristãos que foram lançados em fogueiras ou lançados aos leões nas arenas, tendo os corpos totalmente destruídos, o nosso Deus sabe onde há o menor átomo do corpo desse servo seu, e milagrosamente o fará ressurgir dentre os mortos para unir-se ao seu espírito, e adorar a Deus na mais plena perfeição.
 
         Em 1 Coríntios 15.23 Paulo usa uma expressão mais abrangente, “os que são de Cristo”. Indicando assim, que além da igreja, os santos do Antigo Testamento também ressuscitarão na ocasião do arrebatamento, pois pertencem a Cristo.
 
4. O milagre da ressurreição
 
         É interessante notar que o corpo ressurreto de Jesus além de manter características físicas que possuía antes de sua morte, como ocupar espaço físico, ser tocado, ocupar se em atividades físicas apropriado ao corpo humano como comer (Lc 24.36-43). No entanto, algumas características limitadoras do corpo natural desapareceram e outras características especiais foram acrescentadas. Com o milagre da ressurreição Jesus não estava mais limitado ao tempo e espaço físico, o que lhe dera condição de entrar em casa com as portas fechadas (Jo 20.19). Aparecer e desaparecer de relance aos dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24.13-35). E ninguém pode dizer que estas aparições tenham sido alucinações dos discípulos, pois estas se repetiram em dez ocasiões diferentes num intervalo de quarenta dias (At 1.3), sendo que em uma das ocasiões a aparição se deu a mais de quinhentas pessoas. Se tornando o que Lucas considera “provas incontestáveis” da ressurreição de Jesus.
        
          Certamente estas características especiais do corpo ressurreto de Jesus apontam para a realidade de nosso corpo glorificado e incorruptível que receberemos de Cristo na ocasião da ressurreição final dos crentes (1 Co 15.49; Rm 8.29; 1 Co 15.20; 42-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2).
 
5. A transformação
 
         Tudo se dará muito rápido, “num abrir e fechar de olhos”, após a ressurreição dos que dormem. Nós os vivos na ocasião, seremos transformados. Passaremos pelo mesmo processo de aperfeiçoamento daqueles que ressuscitarão. Ou seja, para sermos semelhantes ao Cristo glorificado (Fp 3.21). Aquilo que é mortal em nós se revestirá de imortalidade, e aquilo que é corruptível se revestirá de incorruptibilidade (1 Co 15. 53,54). Os defeitos genéticos e qualquer limitação de nosso corpo serão então corrigidos, nos adequando ao santo lugar que Jesus foi prepara para nós (Jo 14.3).


Por Pr. Edivaldo Pereira

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