MINISTRO DA SAÚDE QUER FAZER APOLOGIA A PROSTITUTA
Cartaz divulgado pelo Ministério da Saúde nas redes sociais; ministro vetou a campanha nacional
FOLHA
FILIPE COUTINHO
JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA
O ministro da
Saúde, Alexandre Padilha, recuou sobre uma ação já lançada pela pasta na
internet voltada às prostitutas com foco na prevenção de doenças
sexualmente transmissíveis.
Uma das peças
da campanha, lançada no último final de semana, "Eu sou feliz sendo
prostituta" já aparece como indisponível no link do Twitter do
departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do ministério.
"Enquanto eu
for ministro, não acho que seja uma mensagem a ser passada pelo
Ministério da Saúde", afirmou Padilha sobre a peça nesta terça-feira
(4). Para o ministro, veiculado como possível candidato do PT ao governo
de São Paulo, a pasta deve se limitar a divulgar campanhas com foco na
prevenção das DSTs.
Padilha disse
que todas as peças --divulgadas com a logomarca do governo federal e já
disponíveis no site e no Twitter do departamento de DST-- ainda dependem
de aprovação. "Recebemos várias sugestões, que ainda vão passar por
avaliação."
Reportagem
publicada no site do departamento de DST do ministério na sexta-feira
(31), no entanto, afirma que "o Departamento de DST, Aids e Hepatites
Virais do Ministério da Saúde lança neste fim de semana nas redes
sociais mobilização pela visibilidade das profissionais do sexo. A ação
com o tema 'Sem vergonha de usar camisinha' celebra o Dia Internacional
das Prostitutas, neste domingo (2)".
As peças foram
produzidas "a partir de uma oficina de comunicação em saúde para
profissionais do sexo realizada entre os dias 11 e 14 de março de 2013,
em João Pessoa", promovida pelo Ministério da Saúde, como informado pelo
jornal "O Estado de S. Paulo".
No site do
departamento, está disponível um vídeo em que mulheres dizem, olhando
para a câmera, "eu sou prostituta", "ser prostituta é o que me define" e
"eu sou puta, a minha presença te incomoda?".
OUTRO RECUO
Essa não é a primeira vez que Padilha recua de campanhas com potencial polêmico.
No início de
2012, após descontentamento até da presidente Dilma Rousseff, Padilha
recuou da campanha que seria lançada com foco nos jovens gays para a
prevenção da Aids no Carnaval.
Genizah Comenta
Zelar
pela saúde da população é obrigação. Uma campanha estendendo às
prostitutas o acesso a saúde, a educação e a outros direitos
fundamentais é meritório. Erraram na mão. Façam melhor.
As
prostitutas devem ter acesso a todos os direitos, garantias e deveres
de qualquer cidadão, tendo a sua dignidade humana respeitada.
Também
merece atenção as DST. Uma questão de saúde pública. Engana-se quem
pensa que estas doenças só podem vitimar a quem se coloca em risco
direto. Comumente, o contaminado(a) é o(a) inocente conjugue,
parceiro(a), etc. do(a) insuspeito(a) infectado(a).
E,
para além das coisas deste mundo, os cristãos devem se lembrar que,
mesmo não concordando com o seu pecado, Jesus as respeitou e, para a
surpresa e ódio dos religiosos, estendeu às prostitutas honras especialíssimas
negadas aos religiosos hipócritas. Cristo comeu e bebeu com elas,
pregou as boas-novas e ainda disse aos seus seguidores que seria dada
àquelas pecadoras , quando em nova vida, a primazia no Reino adiante
dos religiosos e daqueles que se julgam dignos de muita honra por conta
de suas grandes obras!
Cristo
as honrou e as respeitou ANTES que estas se arrependessem de seus
pecados! Cristo as cobriu de honra! Partiu o pão com elas. Elas eram
DIGNAS, mesmo sendo pecadoras. Assim elas O ouviram.
A igreja hodierna deveria fazer a mesma coisa: Respeitar, acolher e amar, antes de qualquer outra coisa.
Agora, voltando a matéria em questão, creio que patrocinar
uma campanha com peças cujo slogan (vide o cartaz ilustrando a matéria)
promove o orgulho de ser prostituta é uma inversão de valores. Observe
que não se trata de um apelo à dignidade do ser humano nesta condição,
mas ao orgulho de uma conquista pessoal, uma opção de vida! Como assim?
Sou puta graças a Deus?
O recuo foi correto. Bom saber que tem freio para os doidivanas do terceiro escalão dos governos!
O
estado deveria, sim, é prover a todas aquelas mulheres que assim o
desejarem, o incentivo e os meios para que superem este estado de
degradação da existência.
Leia Mais em: http://www.genizahvirtual.com/2013/06/ministro-da-saude-recua-em-campanha.html#ixzz2VSiXSGUy
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