TRABALHO
DE APOLOGÉTICA
Assim como o
pão é feito da multiplicidade dos grãos de trigo,
E o vinho da multiplicidade das uvas,
Assim a multidão dos que acreditam será uma em Cristo!
Não há em toda a natureza duas substâncias
que sofram tanto paras serem o que são,
E que mais tenha alimentado tradicionalmente os
homens,
do que pão e o vinho.
(Fulton
Sheen)
APOLOGÉTICA
Introdução
1.
Definições:
Apologética
é a ciência ou a disciplina racional que se ocupa da defesa da fé religiosa,
cristã ou não cristã. A palavra apologética vem
do termo grego apologia
(defesa), isto é, uma resposta ao ataque. Aqueles que, ao longo da história,
escreveram obras com o intuito de defender a fé e a Igreja Cristã contra os
ataques lançados pelo judaísmo, pelo paganismo, pelo estado, e também pela
filosofia de várias escolas, são denominados apologistas
(ou apologetas).
2. Principais Apologistas (Históricos e
Contemporâneos)
a) Apóstolo Pedro
b) Apóstolo Paulo
c) Aristides - defendeu
o cristianismo contra o paganismo. Era de Atenas e escreveu sua apologia ao
imperador Antônio, em 147 d.C. Os cristãos, conhecidos na época com a
"terceira raça", foram chamados por Aristides como raça superior e
digna de tratamento humanitário. A obra (da qual restou somente uma tradução
siríaca, e uma reprodução livre, no grego, no romance medieval de Barlaã e
Joasafe), ataca as formas de adoração entre os caldeus, os gregos, os egípcios
e os judeus, exaltando o cristianismo acima destas formas.
d) Justino
Mártir - defendeu o cristianismo da filosofia grega. Endereçou
sua apologia a Adriano e a Marco Aurélio, alegando que a filosofia grega,
apesar de útil, era incompleta, e que este produto não terminado (a filosofia)
é aperfeiçoado e suplantado em Cristo. Para ele, o cristianismo era a
verdadeira filosofia. A filosofia grega era encarada da mesma forma que a lei
judaica - precursora de algo superior.
2.1 Outros históricos: Aristo ;
Atenágoras; Taciano; Teófilo de Antioquia; Minúcio Félix; Irineu e Hipólito;
Arnóbio ; Lactâncio e Eusébio de Cesaréia; Pais Alexandrinos (Clemente,
Orígenes, etc.); Agostinho; Tomás de Aquino.
2.2 Outros contemporâneos: Joseph
Butler; Karl Barth; Rudolp Bultmann; Josh McDowell.
3. Alguns temas da Apologética são: Podemos
provar que Deus existe ? Há alguma relação entre fé e filosofia ? Há alguma
relação entre fé e ciência ? A Bíblia é digna de credibilidade ? Jesus Cristo -
Um Homem ? Jesus Cristo - O Filho de Deus ? Jesus Cristo - O Messias Prometido
? A Ressurreição de Jesus Cristo - Fraude ou História ? O Evangelho Segundo Allan Kardec é realmente Evangelho? O mormonismo
é cristão? O catolicismo é cristão? Por que a reencarnação é uma farsa? Anjo
Moroni: história ou invencionice humana? Por que a doutrina da transubstanciação
é falha?
O presente trabalho atendo ao pedido do Pr Expedito
Nogueira Marinho se apegará a um tema convencionado pela ortodoxia: O
verdadeiro Cristianismo. Irei abordar enfoque temático: A missa versus a ceia
do Senhor. Antes porém, farei uma introdução analítica.
ORDENS
RELIGIOSAS x DENOMINAÇÕES
De modo
geral, no Brasil há duas igrejas em evidência, a Católica Romana (religião
“oficial” do país) e as demais. Enquanto o Catolicismo estrutura-se em "Ordens religiosas" sob um
chefe visível – o Papa, as demais igrejas cristãs apresentam-se em "Denominações" todas com uma
só base – a Bíblia.
As
distâncias entre as Ordens Católicas assemelham-se às distâncias entre as
denominações evangélicas e com algumas exceções. Nota-se ainda que Católicos e
Evangélicos crêem na Santíssima Trindade, Deus o Pai, o Filho e o Espírito
Santo; compartilham da doutrina de que Cristo é o Salvador pela sua morte
substitutiva; ambas as igrejas ensinam a existência de céu e inferno e aceitam
a mesma Bíblia como a Palavra de Deus .
MAS SE HÁ TANTA IDENTIDADE, POR QUÊ CAMINHAM
SEPARADAS?
Nos
primeiros séculos houve uma única comunidade Cristã, Jesus havia dito: "Onde estiverem dois ou três reunidos em meu
nome ... Eis que estarei convosco até a consumação dos séculos!" (Mat.
18:20 e 28:20).
O
Cristianismo teve continuidade com bispos, pastores, presbíteros e
evangelistas; foram homens veneráveis como Policarpo, discípulo do apóstolo
João, Inácio, Papias, Justino, Irineu, Orígenes, João Crisóstomo e tantos
outros. Entre eles não havia maiores, embora o bispo Calixto tenha sido acusado
por Tertuliano, advogado cristão de querer ser o " O bispo dos bispos "(ano 208).
A igreja
cristã recebeu o nome de Católica no
Concilio de Constantinopla, presidido pelo imperador Romano Teodósio com o
decreto "Cunctos Populos"
no ano de 381. – Apostólica ela não
é; Também não sabemos como ela pode ser Universal
e Romana ao mesmo tempo. (ver
Rivaux, História Eclesiástica, tomo I - Pág. 347).
Ainda não
havia "Papa", mas, nos fins do século IV as igrejas viram-se
dominadas por cinco "patriarcas",
que foram os bispos de Antioquia, Jerusalém, Constantinopla, Alexandria, e Roma
sobre a liderança do Cristianismo, mas o concilio de Calcedônia, no ano de 451,
interveio concedendo igualdade com o bispo de Constantinopla com o de Roma.
O Papado
como conhecemos, desenvolveu-se gradativamente, sustentado a princípio pelo
Império Romano; não teve data de nascimento, não foi instituído por Cristo nem
pelas igrejas, é intruso no Cristianismo e não se enquadra na Bíblia –
conseguiu com sutileza manter-se na posição que ocupa. É identificado na Bíblia
como " Ponta Pequena " (Daniel 7:8).
QUANDO COMEÇARAM OS ERROS
Sendo a
Religião Cristã fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo, foi durante uns dois
séculos propagada sem modificações nem acréscimos. Porém, aproximadamente do
ano 200 A.D. para cá, começam a surgir novas doutrinas, falsificando de toda
sorte, cerimônias estranhas aos ensinamentos de Cristo, as quais foram
discutidas em Concílios e aprovadas por homens, nascendo daí a Igreja Católica
romana que assim se desviou da Doutrina Verdadeira, isto é, separou-se da
comunhão principal; separou-se do verdadeiro Cristianismo.
Catolicismo
é na verdade uma seita desmembrada do Cristianismo, apesar de ser considerada como
parte integrante dessa Religião, juntamente com os Protestantes e Ortodoxo-gregos.
Assim sendo, não erramos ao afirmar que a Igreja Católica não é realmente uma
Religião, mas é na verdade uma seita desmembrada do Cristianismo.
Convém
deixar bem claro, que estamos analisando agora a palavra SEITA no seu sentido
etimológico para entender melhor o seu significado. SEITA vem do latim “SECTA”
que significa separar-se da comunhão principal. A palavra SEITA tem também uma
outra equivalente que é HERESIA, cujo significado é “Doutrina oposta aos
ensinamentos divinos e que tende a promover facções”. Isto é, “divisão” ou
“desvio doutrinário”, que foi realmente a base do Catolicismo. Logo, a causa da
fundação da Igreja Católica foi um desvio doutrinário.
A AFIRMATIVA DOS CATÓLICOS DE QUE OS EVANGÉLICOS SÃO
HEREGES
Se analisarmos corretamente as palavras
SEITA e HERESIA, examinarmos a BÍBLIA e verificarmos os fatos históricos com
atenção, (daí a necessidade de estudarmos a História da Igreja), veremos que na
verdade os Protestantes, ou Evangélicos, não criaram novas Doutrinas,
falsificações ou cerimônias estranhas aos ensinamentos do Senhor Jesus Cristo,
ou seja, doutrinas que não estão na Bíblia. E assim, qualquer pessoa em sã
consciência, sincera diante dos homens e de Deus, pode concluir que os Protestantes,
ou Evangélicos, que têm a Bíblia como REAL e INTEGRAL “Ponto de Referência”
para sua fé, são os verdadeiros cristãos. Isto é, sem nenhuma Doutrina nova,
seguindo e ensinando a Religião do Senhor Jesus, sem nenhuma modificação nem
acréscimo, exatamente como se encontra na Bíblia que é uma só.
“Cristão”
significa seguidor, ou discípulo do Senhor Jesus Cristo, que faz o que Ele manda,
Jo. 15. 14; 2. 5. Este nome nasceu em Antioquia, pelo ano 43 A.D. e foi dado
aos discípulos de Cristo pelos seus inimigos em sinal de desprezo, At. 11. 26.
Doutrinas falsas e Anti-Bíblicas foram as causadoras
da Igreja Católica. Irei me deter apenas em uma obedecendo a determinação do
enunciado do presente trabalho exigido pelo mestre Expedito.
A MISSA
A
"MISSA" substituiu o Culto Cristão no ano 394, e tornou-se sacramento
a partir do ano 604, com S. Gregório. – A CEIA DO SENHOR, que era simples como
se vê no quadro da "Última Ceia" de Leonardo da Vinci, foi celebrada
dessa forma por doze séculos, mas no ano de 1200 a Igreja Católica substituiu o
pão pela hóstia.
A Ceia
Cristã sofreu nova agressão quando do Concílio de Roma, anos 1215-16, isolou as
palavras figuradas de Cristo "Isto é
meu corpo e isto é meu sangue", fizeram uma péssima exegese criando o
dogma da Transubstanciação.
No ano 1414,
o papa João XXIII, retirou o vinho da cerimônia e as Igrejas passaram a servir
aos fiéis somente a hóstia. – O Catolicismo diz que esse papa foi
"antipapa" mas acolhem essa sua decisão até hoje.
O CONCÍLIO
DE TRENTO, ano 1551, deu o golpe final contra a Ceia do Senhor, definindo e
aprovando o dogma da Transubstanciação! – A partir desse Concílio, qualquer
sacerdote católico, com um passe, transforma
o trigo, vinho e água em carne, ossos, sangue, nervos e cabelos de Cristo, tudo
dentro de uma hóstia!
A palavra "eucaristia" significa ação de
graças, até hoje os teólogos católicos desentendem entre si sobre a aplicação
desse termo no "santíssimo sacramento"(Ver a Missa, pág. 14, do
ex-padre Dr. Aníbal Reis).
O papa Pio
IX gloriava-se com o dogma exclamando: "Não
somos simples mortais, somos superiores à Maria, ela deu a luz só a um Cristo,
mas nós podemos fazer quantos cristos quisermos!"(Gazzeta da Alemanha
nr. 21, 1870)
Até o século
XII, nenhum cristão aceitava que a farinha se transformasse em Cristo, até que
surgiu um papa autoritário e truculento que sancionou o dogma! Esse papa foi
Inocêncio III, anos 1198-1216. O perfil desse papa:
·
Dizia que "O
céu e a terra se submetem ao vigário de Cristo."
·
Condenou a "Carta Magna" e ordenou o massacre
no ano 1208 dos Albigenses na França. – Organizou duas cruzadas guerreiras.
·
Instituiu o confessionário e introduziu a hóstia nas
igrejas.
·
Proibiu a leitura da Bíblia.
·
Decretou a Inquisição, efetivada pelo para Gregório
IX, milhares morreram.
·
Sancionou a Transubstanciação por decreto, uma temeridade!
A igreja
resistiu ao dogma por 335 anos, mas foi vencida. Alguns decidiram por milhões e
a inverdade prevaleceu.
A igreja
exige respeito pelo dogma, pedem que não mastiguem a hóstia e o Missal Romano,
pág. 58, prescreve que "Se um padre
sentir-se mal durante a celebração da missa e vomitar a hóstia, deve engolir o
que pôs para fora.
Quando a
transubstanciação foi introduzida nas Igrejas Católicas houve discussões
escolásticas! O professor Alexandre Halles ensinava que "Se um morcego
engolir uma hóstia terá engolido o próprio Cristo!"- O bispo Boaventura
achou repugnante, mas S. Tomaz deu razão para Alexandre. (Roma, a Igreja e o Anticristo,
pág 280).
No Canadá, o
jovem padre Daule descuidou de umas hóstias, horrorizado viu ratos devorando-as!
– Correu em direção ao bispo exclamando: "Os ratos comeram nosso bom
Deus!"(citado pelo padre CHINIQUI, sua biografia, pág. 334).
Ex-padre e
Dr. Hipólito de Oliveira Campos, quando exercia o sacerdócio em Cuiabá, esqueceu
hóstias que emboloraram criando larvas! – Resta perguntar, que tipo de cristo
possui o Catolicismo Romano?
Rubano
Mauro, anos 788-857, Abade de Fulda, depois Arcebispo de Moguncia, considerava "Heresia grave supor que na eucaristia
estava presente a carne nascida de Maria."(Epístola ad Heribaldum).
Santo
Agostinho, bispo de Hipona, anos 354-430, gracejava jocosamente da transubstanciação,
cuja idéia já existia no seu tempo. – Pregando nas Igrejas dizia: "Por que preparas os dentes e o estômago?
Confiar em Cristo é comer o Pão da Vida, não se pode engolir Aquele que subiu
vivo para o céu!"
A "La Grande Enciclopédia Françoise"
comentando a eucaristia escreveu que "Os teólogos católicos imaginaram os
povos mais feiticistas e os cultos mais idólatras! – Tomam a farinha cozida e o
vinho e dizem: Eis nosso Deus, comei-o!" Proibidos de raciocinar, os
clérigos esqueceram de ler Santo Agostinho e a ignorância tornou-se moléstia geral!
A CEIA DO SENHOR E A MISSA
Nosso Senhor
usava parábolas e metáforas dizendo: "Quem
beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; Eu Sou o pão que desceu do
céu; minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue bebida.", etc.
·
Os discípulos perguntaram-lhe: "Por que falas por parábolas?" – No contexto Jesus explicou:
"As palavras que Eu vos digo são
espírito e vida!"(João 6:63)
·
Com esses esclarecimentos do Mestre não é difícil
entender que o pão e o vinho na Ceia do Senhor APENAS RECORDAM o corpo e o
sangue dele, mas não há "Presença
real" como quer a Igreja Católica Romana.
Foi tomando
essas palavras ao pé da letra e tropeçando em metáforas que o Catolicismo
transformou a simples hóstia em coisa complicada!
·
papa Gelásio I, ano 492-6, ensinava que "A natureza dos elementos da Ceia não
deixavam de existir depois da benção".
·
papa Gelásio II, anos 1118-19, não aceitava a
transubstanciação dizendo: "Na
eucaristia a natureza do pão e do vinho não cessam de existir e ordenava as
igrejas que servissem aos fiéis o vinho e não somente o pão."
·
papa romano S. Clemente pensava igual, expressou-se
assim: "O pão e o vinho na Ceia são símbolos. Não se transformam em coisa
alguma!
·
Albertinus cita Pio II como discordante também.
Como também
não é possível acarear os papas, os católicos deveriam estudar o espírito das
palavras de Cristo quando se referiu à Ceia (Fontes de referência: Da Duabos in
Cristo adv. Eutychem et Nestorium, São TOMAZ Sum Theo., Vol. 7, pág.134, e,
Clemente Livro VII, cáp. V, pág.23)
·
Albertinus cita ainda quatro Cardiais de então:
Bonaventura, Alícuo, Cujan e Cajetano, dois Arcebispos, cino Bispos e 19
doutores da igreja que interpretavam o Evangelho de João, cáp. 6:53-63, no sentido
espiritual e simbólico.
·
S. Cirilo de Jerusalém e S. Gregório de Nissa fizeram
referências à "união mística" na
eucaristia, mas nada falaram sobre "presença
real" (Sacra Coena Adv.Lanfrancum e Cath XXI, 13 respectivamente).
A doutrina
da transformação dos elementos na Eucaristia, apresenta sérios problemas para o
raciocínio! Se Cristo disse para celebrar a Ceia "Até que Eu venha" não pode estar presente! – Se vem não está!
·
Ele foi o primeiro a servir-se da Ceia. Teia Cristo
engolido a Si mesmo?
·
Concílio de Trento complicou ainda mais o assunto
prescrevendo que "Se uma hóstia for partida em muitos pedaços, Cristo
estará presente em cada fração; se uma parte cair no altar, o lugar deverá ser
lambido com a língua!" (Concílio de Trento, Seção XIII, cáp. 3, D.876)
Verifica-se
que esse dogma não resiste a nenhuma análise: seu mais "perigoso adversário não são os teólogos protestantes, mas sim os
cientistas como Einstein, Oppenhelmer e outros corifeus da ciência atômica!."
A CELEBRAÇÃO
DA MISSA é mais uma encenação do que um Culto cristão. – Veja como Marinho Cochem
descreve a cerimônia na "Explicação da Missa", pag.40)
·
O sacerdote durante uma só missa benze-se 16 vezes,
volta-se para o povo outras 16 vezes; beija o altar 8 vezes, levanta os olhos
11 vezes, 10 vezes bate no peito e ajoelha-se 10 vezes e junta a mão 54 vezes!
·
Faz 21 inclinações com a cabeça e 7 com os ombros,
inclina-se 8 vezes e beija a oferta 36 vezes; põe as mãos sobre o peito 11
vezes e 8 vezes olha para o céu. Faz 11 orações em voz baixa e 13 em voz alta,
descobre o cálice e o cobre de novo 5 vezes e muda de lugar 20 vezes!
·
Talvez foi por isso que Jesus disse: "Vinde a Mim
e Eu vos darei descanso!" A transubstanciação romanista é pura ilusão e
não pode ser aceita por nenhuma inteligência esclarecida e alimentada pela leitura
das Sagradas Escrituras.
CONCLUSÃO
Finalizando, posso dizer que a
Transubstanciação (Hóstia, Corpo de Cristo) pode ser refutada claramente pela
Palavra de Deus. Alguns textos a derrubam esse falso dogma. São eles: Jo. 6.
35-40: , 55, 56, 63; 1 Co. 11. 25-28. A missa também não tem base nenhuma nas
Sagradas Escrituras, como Ritualismo sem vida espiritual, onde vão apenas para
parecerem religiosos, como os fariseus. A maioria dos Católicos só vão à Missa
para batizar o filho, para casamento ou para chamada missa de corpo presente
quando morre. Muitos católicos vão à Missa domingo pela manhã e depois vão se
embriagar em festas “ou nos centros de terreiro”. A Refutação Bíblica da missa
é facilmente depreendida em: Rm. 1. 25; Ex. 20. 4, 5; At. 17. 29; etc.
Na verdade, A ceia do Senhor, que consiste no pão e
vinho com elementos, é o símbolo como exprime nossa participação na natureza
divina de nosso Senhor Jesus Cristo( II Pedro 1.4) e profetiza sua segunda
vinda( I Co 11.26) e isso foi ordenado a todos os Cristãos “até que Ele venha”.
Junto com o
serviço da palavra, a primeira igreja da história perseverava na comunhão
(At.2:42). Lucas explica algo mais a respeito desta comunhão nos versos
subseqüentes. Os crentes ficavam juntos indica que estavam juntos como família
de Deus, isto é, regularmente, e tinham tudo em comum. Marshall sugere que “
não seria surpreendente... que pelo menos um outro grupo contemporâneo judaico,
a seita de Cunrã, adotasse este modo de vida.”
A adoração genuína conduz-nos à lembrança de
que não somos de nós mesmos. Fomos comprados por preço infinitamente alto.
Conseqüentemente, somos escravos de Deus e dos membros do Seu Corpo. Ações de
graça pelo sacrifício do Filho de Deus incitam os filhos beneficiados a indagar
como se desincumbir da obrigação imposta. Que presente digno devemos trazer
para o altar cristão?
O pano de fundo da eucaristia cristã descobre-se na refeição da
Páscoa. Esta celebração consistia de duas partes : primeira, “enquanto comiam”,
e segunda, “depois de cear” (I Cor.11:24). O que Jesus insistiu originalmente
era repetido como duas partes de uma refeição maior - ágape ou “ festa de
amor”, com a intenção de beneficiar os cristão mais carentes da igreja. Esta
refeição, que substituiu a Páscoa dos judeus, era tomada diária ou
semanalmente. Percebe-se pela leitura de I Cor. 11:17-22, que esta refeição era
a “ Ceia do Senhor”, que reunia todos os membros da família de Deus. além de
relembrar a morte de Jesus e a inauguração da Nova aliança, a Ceia confirmava,
de maneira inconfundível, que todos os participantes tinham uma vida em comum.
Ricos e pobres, livres e escravos, todos se comprometiam diante de Deus a ter e
manter uma responsabilidade mútua, uns pêlos outros.
O caráter dessa refeição não se evidencia
somente numa dramatização do sacrifício único do Filho de Deus pêlos nossos
pecados, mas era também uma demonstração da adoração que tem implicações
horizontais. Daí, o veemente protesto de Paulo, em Corinto, diante da negação
na prática da comunhão que a ceia devia demonstrar. “... não é a ceia do Senhor
que comeis. Porque ao comerdes, cada um toma antecipadamente a sua própria
ceia” (I Cor. 11:20). Agindo assim, profanavam o Corpo de Cristo formado pela
morte e ressurreição. Comiam e bebiam juízo para si.
Os cristãos que comem juntos no
culto são integrados num corpo comparável ao corpo humano. Uma vida ou
personalidade ocupa a unidade física humana, de tal forma que nenhuma parte
pode se desligar sem prejuízo para as outras, nem podem desprezar uma à outra,
nem devem ter inveja.
Pr. Edivaldo Pereira de Souza
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