Credo
O credo é uma fórmula
doutrinária ou profissão de fé. No Catolicismo, também
é conhecido como símbolo
dos apóstolos. A palavra tem origem na palavra credo que significa creio.
O
credo era a princípio uma proclamação batismal enunciada pelo catecúmeno, contendo
as proposições objeto da fé na qual estava sendo admitido o batizado. Em 325, passou a ser uma síntese dos dogmas da
fé promulgada pela autoridade eclesiástica, através do Concílio
de Nicéia (I).
A primeira formulação do tipo credo encontra-se no original de uma carta (c.
325) do bispo Marcelo de Ancira.
De uma tradução, com algumas alterações, do credo de Ancyra se deriva o credo
latino ainda hoje adotado (veja Panarion).
Existem
outras variações do credo: o de
Santo Atanásio de Alexandria (295-373),
o da Igreja bizantina (381), egípcia (370), o de Justino Mártir (150), o Credo Niceno e outros. O papa Bento VIII, no ano
de 1020, introduziu o uso do credo na Missa.
Credo
Niceno-Constantinopolitano
O Credo
Niceno-Constantinopolitano, ou o Ícone/Símbolo da
Fé, é uma declaração de fé cristã que é aceite pela Igreja Católica,
pela Igreja Ortodoxa Oriental, pela Igreja Anglicana e pelas principais
igrejas protestantes. O nome
tem a ver com o Primeiro Concílio de Niceia (325), no qual foi adaptado, e com o Primeiro Concílio de Constantinopla (381), onde foi aceita uma versão revista. Por
esse motivo, ele pode ser referido especificamente como o Credo
Niceno-Constantinopolitano para
o distinguir tanto da versão de 325 como de versões posteriores que incluem a cláusula filioque.
Houve vários outros credos elaborados em
reacção a doutrinas que apareceram posteriormente como heresias, mas este,
na sua revisão de 381, foi o último em que as comunhões católica
e ortodoxa conseguiram concordar em todos os pontos.
Original
em grego:
Πιστεύω
είς ενα Θεόν, Πατέρα, παντοκράτορα, ποιητήν ουρανού καί γής, ορατών τε πάντων
καί αοράτων. Καί είς ενα Κύριον, Ίησούν Χριστόν, τόν Υιόν του Θεού τόν
μονογενή, τόν εκ του Πατρός γεννηθέντα πρό πάντων τών αιώνων. Φώς εκ φωτός,
Θεόν αληθινόν εκ Θεού αληθινού γεννηθέντα, ού ποιηθέντα, ομοούσιον τώ Πατρί, ού
δι 'τά πάντα εγένετο. Ημάς τούς ανθρώπους καί διά τήν ημετέραν σωτηρίαν
κατελθόντα εκ τών ουρανών καί σαρκωθέντα εκ Πνεύματος 'Αγίου Τόν δι' καί Μαρίας
τής Παρθένου καί ενανθρωπήσαντα. Επί Ποντίου Πιλάτου καί παθόντα καί
Σταυρωθέντα τε υπέρ ημών ταφέντα. Καί αναστάντα τή τρίτη ημέρα κατά τάς Γραφάς.
Καί ανελθόντα είς τούς ουρανούς καί καθεζόμενον εκ δεξιών τού Πατρός. Καί πάλιν
ερχόμενον μετά δόξης κρίναι ζώντας καί νεκρούς, ού τής βασιλείας ουκ εσται
τέλος. Καί είς τό Πνεύμα τό ¨ Αγιον, τό Κύριον, τό ζωοποιόν, τό εκ τού Πατρός
εκπορευόμενον, τό σύν Πατρί καί Υιώ συμπροσκυνούμενον καί συνδοξαζόμενον, τό
λαλήσαν διά τών Προφητών. Είς μίαν, αγίαν, καθολικήν καί αποστολικήν Έκκλησίαν.
'Ομολογώ εν βάπτισμα είς άφεσιν αμαρτιών. Προσδοκώ ανάστασιν νεκρών. Καί ζωήν
τού μέλλοντος αιώνος. Άμήν.
Versão
em português:
Creio
em um só Deus, Pai todo-poderoso, criador do céu e da terra, de todas as coisas
visíveis e invisíveis.
Creio
em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, gerado do Pai desde
toda a eternidade, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai; por Ele todas as coisas
foram feitas. Por nós e para nossa salvação, desceu dos céus; encarnou por obra
do Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e fez-se verdadeiro homem. Por nós
foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
sofreu a morte e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as
Escrituras; subiu aos céus, e está sentado à direita do Pai. De novo há-de vir
em glória, para julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio
no Espírito Santo, o Senhor, a fonte da vida que procede do Pai; com o Pai e o
Filho é adorado e glorificado. Ele falou pelos profetas.
Creio
na Igreja una, santa, católica e apostólica. Professamos um só
baptismo para remissão dos pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos, e a
vida do mundo que há-de vir. Amém.
Versão
em Latim - rezado no vaticano:
Credo
in unum Deum, Patrem
omnipoténtem, Factórem cæli et terræ, Visibílium ómnium et invisibílium. Et in
unum Dóminum Iesum Christum, Fílium Dei Unigénitum, Et ex Patre natum ante
ómnia sæcula. Deum de Deo, lumen de lúmine, Deum verum de Deo vero, Génitum,
non factum, consubstantiálem Patri: Per quem ómnia facta sunt. Qui propter nos
hómines et propter nostram salútem Descéndit de cælis. Et incarnátus est de
Spíritu Sancto Ex María Vírgine, et homo factus est. Crucifíxus étiam pro nobis
sub Póntio Piláto; Passus, et sepúltus est, Et resurréxit tértia die, secúndum
Scriptúras, Et ascéndit in cælum, sedet ad déxteram Patris. Et íterum ventúrus
est cum glória, Iudicáre vivos et mórtuos, Cuius regni non erit finis. Et in
Spíritum Sanctum, Dóminum et vivificántem: Qui ex Patre Filióque procédit. Qui
cum Patre et Fílio simul adorátur et conglorificátur: Qui locútus est per
prophétas. Et unam, sanctam, cathólicam et apostólicam Ecclésiam. Confíteor
unum baptísma in remissiónem peccatorum. Et exspecto resurrectionem mortuorum,
Et vitam ventúri sæculi. Amen.
Credo
apostólico
Segundo
uma antiga tradição, os doze apóstolos, reunidos em Jerusalém, teriam
estabelecido em comum os rudimentos da nova fé, cada um ditando seu artigo.
Essa versão era recitada pelos novos cristãos no momento do Batismo, e ficou
conhecida como credo
apostólico.
Versões
Oração
do "Creio"
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